07/10/2022

A Abinee realizou, na quinta-feira (6), reunião da Diretoria Plenária para debater o cenário político e econômico do País. O evento, realizado de forma online, contou com a participação do gerente-Executivo do Assuntos Legislativos da CNI, Marcos Borges de Castro, e do diretor do Departamento de Economia da Abinee, Celso Martone.

Borges fez uma apresentação com o tema “O Novo Congresso Nacional e Perspectivas do 2º turno”. Na ocasião, destacou o trabalho da CNI por meio da Agenda Legislativa da Indústria, que elenca e acompanha as principais matérias, convergentes e divergentes, relacionadas ao setor produtivo, sendo construída com a participação de federações e associações empresariais, como a Abinee.

Ele traçou um panorama dos eleitos para o Câmara dos Deputados e para o Senado, que apresentou ampliação do número de parlamentares de centro-direita. Ao analisar as condições de governabilidade dos dois candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro e Lula, Borges observou que ambos terão que lidar com o chamado “Centrão” para encaminhamento de pautas. Segundo o representante da CNI, independente de quem vença a eleição, há possibilidade de se encaminhar a Reforma Tributária e o projeto para taxação sobre lucros e dividendos. Na sua avaliação, a reforma administrativa também pode ser aprovada em função da configuração do Congresso eleito. Em contrapartida, ele não vê espaço para revisão da reforma trabalhista.

Celso Martone, por sua vez, abordou os cenários econômicos externo e interno, que trarão desafios para o novo governo. Segundo ele, o atual momento de incerteza eleitoral reforçada pela polarização em torno de dois projetos conflitantes faz com que agentes econômicos adotem posições defensivas até que haja definição. Para criar condições de crescimento, o Brasil deve avançar na reforma tributária, devendo prevalecer a austeridade para solucionar a crise fiscal no médio prazo.