15/03/2023

A Reunião Plenária da Diretoria da Abinee recebeu nesta quarta-feira (15) o ministro das Comunicações (MCom), Juscelino Filho, acompanhado do secretário de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão, para tratar de temas da área de telecomunicações e dos objetivos da nova gestão.

Ressaltando os impactos e alcance do Leilão 5G como um exemplo para o mundo, devido ao seu caráter não arrecadatório que possibilita a ampliação dos investimentos em infraestrutura, o ministro apresentou o Plano Nacional de Inclusão Digital, em elaboração pelo atual governo.  “São novos desafios de um setor estratégico e estruturante para o País”, disse.

Segundo ele, a iniciativa contará com dois eixos principais. O primeiro deles é aumentar a conectividade, principalmente em escolas, comunidades e regiões remotas. “Hoje, alguns locais possuem acesso, mas com velocidade muito aquém do necessário”, afirmou. “Temos que levar conectividade até as escolas, e fazer com que esse instrumento faça parte da vida dos alunos de forma efetiva”.

Outra frente, denominada letramento digital, tem o objetivo de capacitar tecnologicamente a população mais carente e idosos. Nesse sentido, foi celebrado acordo entre a gestora de logística reversa de eletroeletrônicos Green Eletron, fundada pela Abinee, e o Ministério das Comunicações. A parceria tem o objetivo de recuperar computadores em centros de condicionamento para utilização por institutos que visem à oferecer educação digital para essas pessoas. “Além do viés sustentável, o objetivo é diminuir a desigualdade social no País”, disse. Segundo o ministro, esses equipamentos também poderão ser utilizados em unidades básicas de saúde, com forma de informatizar a operação destes postos, além de se estender por outros segmentos como o agronegócio.

Ainda dentro do Plano Nacional, Juscelino Filho destacou a possibilidade de utilização de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações  (FUST) para investimentos, após 23 anos de existência do Fundo. os recursos serão utilizados para investimentos. “A maioria dos fundos é usada para fazer superavit, mas sabemos como esses recursos podem fomentar o setor”, afirmou o ministro. De acordo com ele, grande parte será destinada a pequenos provedores espalhados pelo Brasil e que costumam atender regiões mais remotas e menos atrativas em termos financeiros. “Ao estimular a ponta, toda a cadeia produtiva de produtos e equipamentos será impactada”.

O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, disse que a interlocução com o Ministério tem sido um capital precioso para tratar de temas relevantes da indústria eletroeletrônica e ressaltou a importância da ampliação do acesso dos brasileiros à internet, da conectividade e da expansão da tecnologia 5G no Brasil, destacadas pelo ministro na ocasião de seu pronunciamento de posse. “A esse compromisso estabelecido pelo Ministério, colocamos a Abinee e o setor eletroeletrônico como parceiros para que o País possa atingir estes objetivos”, afirmou.