Logística Reversa de Eletroeletrônico em pauta na Fiemg

22/11/2019

A Fiemg sediou nesta terça-feira (19), o Workshop de Logística Reversa de Eletroeletrônico. O encontro, promovido pela Regional da Abinee em Minas Gerais, com apoio do Sinaees-MG, teve como objetivo discutir a implementação da logística reversa em Minas Gerais e os impactos industriais no setor.

A logística reversa é um instrumento que é caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Produtos eletrônicos no final da sua vida poderão retornar ao setor produtivo na forma de matéria-prima.

Segundo Alexandre Freitas, presidente do Sinaees-MG e diretor regional da Abinee, é grande o impacto que a política de logística reversa pode trazer para as indústrias. “O procedimento já é uma realidade. Estamos buscando acordos com o Estado para que haja o menor impacto possível para o empresário”, afirma.

Henrique Mendes, gerente de Sustentabilidade da Abinee, pontua que a logística reversa é uma regulamentação nova, que ainda gera muitas dúvidas. “A legislação traz obrigações de como fazer o ciclo reverso dos produtos. O fabricante tem que pensar no produto até o final da sua vida útil, ou seja, isso vai refletir em projetos e designs na hora da fabricação, até em formas de modelos de negócios, trazendo uma nova janela de oportunidades por meio de economia circular”, diz.

De acordo com Renato Brandão, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), a logística reversa é um instrumento criado pela Política Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos (PNRS), que passa por uma série de discussões. No caso do segmento eletroeletrônico foi recentemente assinado um acordo setorial. “O setor vai apresentar para o Estado um plano de implementação do processo e esperamos que ele se torne efetivo agora”, ressalta.

O Acordo Setorial de Logística Reversa de Eletroeletrônicos foi assinado no fim de outubro e prevê duas fases, sendo a primeira dedicada à estruturação do sistema e a segunda relacionada à sua implementação e operacionalização.

Para viabilizar a logística reversa exigida pela PNRS, todas as partes relacionadas ao processo deverão contribuir para o encaminhamento dos produtos em fim de vida útil para a reciclagem ou destinação final ambientalmente adequada.

Wagner Costa, gerente de Meio Ambiente do Sistema FIEMG, faz ressalva sobre a visão integrada desse processo. “Precisamos de uma colaboração grande entre a indústria, os comerciantes e os consumidores finais, que são peça forte no processo, já que eles que vão fazer o descarte correto do produto”, afirma Costa.

Informações Adicionais

Júnia França de Oliveira

Gerente

31 3225-1100

 

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