Governo lançará consulta sobre política para manufatura avançada

07/12/2016

Será lançada nas próximas semanas uma consulta pública sobre a Política para Desenvolvimento da Manufatura Avançada, que está sendo elaborada pelo governo com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do setor produtivo brasileiro. O anúncio foi feito pelo Secretário de Inovação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Vinícius de Souza, em sua palestra durante o lançamento da FIEE 2017.

Segundo ele, a velocidade da implementação de tecnologias voltadas à manufatura avançada ao redor do mundo demanda ações do governo. “Temos que aproveitar esse momento, pois este tema possibilita uma série de oportunidades para o setor industrial, mas também riscos”, disse.

O MDIC, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), elaborou o estudo Perspectivas de Especialistas Brasileiros sobre a Manufatura Avançada no Brasil, fruto de workshops realizados em sete capitais brasileiras. Este trabalho pautará a proposta de política que será colocada em consulta. Após o prazo para contribuições, a proposta será validada com os principais atores do sistema. O lançamento da política está prevista para o primeiro semestre de 2017.

Durante o evento, o Secretário de Inovação apresentou a experiência de outros países na formulação de políticas públicas para a manufatura avançada. “Os EUA criaram uma política com foco em institutos de pesquisa e na demanda militar para utilizar o poder de compra do Estado”, destacou. Já o modelo alemão está calcado em diversos setores da economia e tem o foco na infraestrutura da banda larga, segurança de dados e capacitação de mão-de-obra. “Com base nessa experiência internacional, o Brasil precisa encontrar o seu modelo”.

Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, o setor eletroeletrônico será o carro-chefe da manufatura avançada, que propiciará, via utilização da tecnologia, aumento de produtividade na indústria e competitividade em escala global. “O futuro chegou. Temos que aproveitar esse momento para o País se inserir nas cadeias globais de valor ou perderemos outra oportunidade”.