Barbato para Guedes: redução do Custo Brasil é fundamental para abertura comercial justa

27/05/2021

O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, participou esta manhã do evento “Diálogos com a Indústria”, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e representantes das entidades empresariais que formam a Coalizão Indústria. Em seu discurso, Barbato destacou dois pontos que considera fundamentais para a indústria brasileira, em particular, para o setor eletroeletrônico: a redução do custo Brasil e a celebração de acordos comerciais com países em igualdade de condições.

“Precisamos de medidas que possibilitem gradativamente e sem sobressaltos, baixarmos o Imposto de Importação, a partir de resultados concretos das ações de governo para termos  ganhos de produtividade, o que atrairá novos investimentos produtivos, inclusive mais exportações, gerando os empregos de que tanto precisamos”, afirmou.

O presidente da Abinee voltou a reforçar que a entidade não é contrária à abertura comercial, mas que, no entanto, espera que esta seja feita de forma gradativa, pois “experiências anteriores, como as que ocorreram no início dos anos 90, dizimaram setores industriais, entre eles o de componentes eletrônicos que minha entidade representa.”

Em relação aos acordos comerciais, Barbato criticou as negociações feitas com países, como Indonésia e Vietnã, que possuem custo de produção bastante inferiores aos do Brasil e oferecem baixa proteção ao trabalhador e condições de trabalho precárias.

“Esperamos, portanto, que outros países passem a ser prioritários, como o México, os países da América Central, a África do Sul entre outros, ingressem no nosso rol de prioridades, pois são mercados potencialmente importantes para o Brasil”, disse. Dirigindo-se a Guedes, completou: “tenho certeza que Vossa Excelência há muito tempo já determinou, no âmbito de seu Ministério, que as prioridades nos Acordos Comerciais considerem os interesses e as peculiaridades da indústria do Brasil.”

O encontro ocorreu no Hotel Windsor, em Brasília, com a presença de empresários e autoridades, e foi transmitido virtualmente para centenas de executivos e para a imprensa.

Os setores que compõem a Coalizão Indústria e representam 45% do PIB da indústria são: Aço; Automotivo; Brinquedos; Calçados; Cimento; Comércio Exterior; Construção Civil; Elétrico e eletrônico; Farmacêuticos; Máquinas e equipamentos; Plástico; Químico; Têxtil.