Revista Abinee 95 - Agosto/2018

14 | Revista Abinee nº 95 | agosto 2018 espaço em condições de igualdade com concorrentes de classe mundial, outras são líderes dos segmentos em que atuam. Como parte ativa desse ecossistema es- tão centenas de pequenas e médias em- presas que integram a cadeia setorial de suprimentos de bens e serviços. Investimentos em PD&I O presidente da Abinee ressaltou que o principal pilar da política de informática está no vínculo entre os benefícios fiscais e os investimentos em Pesquisa, Desen- volvimento e Inovação (PD&I), cujo prin- cipal impacto foi a criação, ao longo dos anos, de centros de pesquisa públicos e privados espalhados por todas as regiões. Segundo ele, as empresas brasileiras de Tecnologia da Informação e Comunica- ções (TICs) investem em P&D mais do que a obrigação legal de 4% do faturamento, podendo chegar a 15% em alguns casos. “O percentual de investimento é superior à média da indústria de transformação, em torno de 2% sobre a receita líquida de ven- das, segundo o IBGE”, disse. Apresentando sua experiência como pesquisador, o professor emérito da Uni- versidade Federal de Pernambuco (UFPE) Silvio Meira também observou que a Lei de Informática contribuiu para a criação de uma capacidade de desenvolvimento tec- nológico no Brasil, com o surgimento de institutos de ciência e tecnologia em todo o território, o que não aconteceria sem o mecanismo. “Essa é uma legislação que irriga toda uma cadeia de investimentos, não só em hardware, mas também em soft- ware e serviços tecnológicos”, afirmou. Resultados demonstram importância da Lei O secretário de Políticas Digitais do MC- TIC, Thiago Camargo, apresentou núme- ros de resultados da Lei de Informática. Em 2016, as empresas habilitadas apli- caram mais de R$ 1,5 bilhão em P&D. “A movimentação que essa lei faz em relação à pesquisa, desenvolvimento e inovação é algo de que não podemos abrir mão”, disse. Segundo ele, a arrecadação a partir dos produtos incentivados é superior aos incentivos concedidos. O deputado Bilac Pinto (DEM/MG), coordenador da Frente Parlamentar Mis- ta para o Desenvolvimento da Indústria Eletroeletrônica Nacional, destacou que o marco legal contribuiu para a competitivi- dade da indústria de TICs, permitindo que empresas brasileiras pudessem disputar espaço em condições de igualdade com concorrentes de classe mundial. capa

RkJQdWJsaXNoZXIy NTY5NTk=