Revista 105 - Janeiro/2024

janeiro 2024 | Revista Abinee nº 105 | 57 “Esperamos que em 2024, com a atuação mais efetiva das autoridades, os markeplaces se convençam que a venda de produtos irregulares não é um negócio, é um crime. Um crime que impacta negativamente a toda a sociedade”, afirma o diretor de Dispositivos Móveis da Abinee, Luiz Cláudio Carneiro. “São milhares de empregos perdidos, milhões de reais que deixaram de ser investidos em Pesquisa e Desenvolvimento e bilhões de reais em evasão fiscal, que poderiam estar sendo aplicados em educação, saúde, infraestrutura e em muitas outras áreas.” “Acredito que 2024 será um ano de retomada e da volta dos crescimentos expressivos”, prevê o diretor da área de Informática, Maurício Helfer. Em sua opinião, os desafios serão as discussões na busca para postergação da Lei de Informática, com prazo atual de término de 2029, buscando assim previsibilidade e segurança para as empresas implementarem os planos de longo prazo.” Já o diretor da área de Serviço de Manufatura em Eletrônica, Jorge Funaro, aposta na melhora do ambiente econômico para impulsionar o crescimento dos negócios. “Para 2024, a redução do custo Brasil é essencial para fortalecer a competitividade das empresas no mercado global”, afirma. “Além disso, a logística eficiente desempenha um papel crucial na redução de custos de produção e transporte, tornando os produtos brasileiros mais atrativos internacionalmente, e a diminuição dos encargos trabalhistas pode aliviar as empresas, estimulando a criação de empregos e aumentando a capacidade de investimento em inovação e crescimento.” Em Infraestrutura de Telecomunicações, embora ainda seja cedo para falar em números, o ano de 2024 deverá assistir ao aumento da utilização de redes dedicadas, operadas pelo próprio usuário privado ou operadas pelas operadoras tradicionais. “Isso demandará maior investimento no desenvolvimento de aplicações dedicadas, possivelmente com a utilização dos conceitos do OpenRAN, e do maior uso de redes IoT”, afirma o diretor da área, Paulo Castelo Branco. O mercado de componentes estima um crescimento de 17% no mercado de componentes que, só em volume, deve crescer 4%, impulsionado pelo mercado de memórias, que deve crescer 30%. “Ainda que tenhamos previsões de crescimento para 2024, é importante agir e sair do discurso, partindo para a prática. Precisamos concluir os planos, passando para a execução da nova política industrial, e, dentro desta, da Política de Semicondutores, da renovação do Padis e da renovação da Lei da Informática”, defende o diretor da área, Rogério Nunes. Na área de GTD, a expectativa é de crescimento de 3% no faturamento. “Esperamos contornar as dificuldades apontadas, visando atender a expansão do consumo de eletricidade, evoluir nas leis e regulamentações que consideram a modernização do setor e em investimentos que fortaleçam a resiliência das redes, diante de eventos climáticos que se tornam cada vez mais comuns”, salienta o diretor Marcelo Machado. Na área de Materiais Elétricos de Instalação, as mudanças climáticas também estão criando necessidades de adaptação, muitas delas relacionadas à instalação de novos equipamentos elétricos, o que provoca, consequentemente, adaptação nas instalações elétricas e um crescimento nas vendas previsto para 2024. “Não temos sinais claros que justifiquem um crescimento expressivo para a demanda, mas a redução do desemprego, a redução da inflação e a consequentemelhoria de renda das famílias, associadas à continuidade de lançamentos de novos imóveis indicam que poderemos ter um ano com um resultado positivo e melhor do que 2023”, prevê o diretor da área, Cláudio Lorenzetti. Diretores de áreas estão confiantes na melhora do cenário em 2024

RkJQdWJsaXNoZXIy NTY5NTk=