Revista 105 - Janeiro/2024

janeiro 2024 | Revista Abinee nº 105 | 55 definidos nas normas, o que ainda não existia no Brasil. “Consideramos um grande marco na segurança contra incêndios no País e que com certeza irá melhorar muito a proteção de vidas, ativos e edificações”, afirma. GTD O ano de 2023 foi de volatilidade para o segmento de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia. “Tivemos um resultado positivo no faturamento, de 4%, mas este resultado não demonstra a complexidade e os desafios que estiveram presentes ao longo do ano”, afirma o diretor da área, Marcelo Machado. Segundo ele, na Geração, o ano foi positivo em termos de faturamento, com a continuidade dos investimentos, majoritariamente de fontes eólica e solar fotovoltaica. “Contudo, o valor agregado importado continua alto, em especial, a importação de módulos fotovoltaicos”, ressalta. “Aliada à importação de componentes essenciais aos aerogeradores, fica a preocupação de longo prazo relativa à dependência de componentes externos para a expansão da capacidade de geração de eletricidade do país. Na Transmissão, o faturamento foi resultado da venda de produtos contratados nos leilões ocorridos nos últimos anos. Dois grandes leilões também foram realizados em junho e dezembro, para investimentos acima de R$ 40 bilhões em linhas de transmissão e de subestações ao longo dos próximos quatro anos. Dois outros leilões estão previstos para 2024. “A atenção está na contratação de produtos de fornecedores estrangeiros, mesmo com a competitividade e capacidade da indústria nacional”, observa Machado. Na Distribuição, o ano teve um primeiro semestre com bons resultados decorrentes de revisões tarifárias e da retomada das atividades após o fim da pandemia em 2022. Porém, no segundo semestre, as aquisições das Distribuidoras caíram abruptamente, e com isso, o balanço anual neste segmento ficou aquém das expectativas. “A Abinee tem interagido com o governo, agências reguladoras e concessionárias, na busca de maior estabilidade dos investimentos e, portanto, maior competitividade e capacidade de atendimento da indústria local”, ressalta. Material Elétrico de Instalação A área de Material Elétrico de Instalação andou novamente de lado no ano em 2023. O resultado em termos de faturamento apresentou um pequeno crescimento (1%) em valores reais). “Porém, com um desempenho abaixo do crescimento vegetativo, que deveria acompanhar o crescimento do PIB, ou seja, algo em torno de 2,5% de aumento no ano”, observa o diretor da área, Cláudio Lorenzetti. “Podemos dizer que este resultado ainda é consequência do crescimento dos dois anos de resultados positivos em função da pandemia, 2020 e 2021, nos quais, a necessidade de pequenas reformas nas moradias em função do confinamento das pessoas impulsionou o mercado, trazendo, por outro lado, um efeito de saturação que fez com que em 2022 e, agora, em 2023, o mercado ainda se ressentisse de uma demanda mais forte e pronunciada neste segmento”, explica. Perspectivas para 2024 As expectativas são de melhora no desempenho da indústria eletroeletrônica em 2024, porém permanecem as incertezas em relação ao cenário interno e externo, o que deverá manter os empresários cautelosos. “Há fatores que geram perspectivas favoráveis para o próximo ano, com destaque

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