52 | Revista Abinee nº 104 | dezembro 2023 Em 2011, Dilma Rousseff assume a Presidência da República e a Abinee reforça o seu discurso de que o setor industrial deve ser encarado como prioridade no Brasil. Unindo forças com outras entidades patronais e centrais sindicais, a Associação participa, em 2012, do movimento Grito de Alerta, que mobilizou empresários e trabalhadores visando alertar os governos [federal e estaduais] sobre o preocupante processo de desindustrialização. As entidades empresariais também se uniram contra a Guerra dos Portos, na qual Estados concediam incentivo fiscal no âmbito do ICMS para empresas e escritórios que promovessem o ingresso de mercadorias através de seus portos, tornando o produto importado mais barato que o nacional. Pressionado pelas reivindicações, o governo adotou um conjunto de medidas, no âmbito do Plano Brasil Maior, tendo como ponto alto incentivos fiscais e desoneração da folha de pagamentos para setores que passavam por esvaziamento de suas cadeias produtivas. Concomitantemente, surge um novo direcionamento da política econômica, mais voltado para o estímulo à produção. Apesar de positivas, as medidas não foram suficientes para devolver a plena competitividade das empresas, devido ao aprofundamento do estágio negativo de desindustrialização ao qual se chegou nos últimos anos. O quadro político e econômico do País demandou uma nova postura de atuação da Abinee, que passa por uma reestruturação, com a criação do Conselho de Administração, presidido por Irineu Govêa, enquanto Humberto Barbato assumiu a presidência-executiva da entidade. A mudança permitiu maior amplitude na atuação da Associação principalmente em relação ao Congresso Nacional, que ganhou protagonismo nas discussões sobre os rumos econômicos. Irineu Govêa ao lado do deputado Marcos Pereira, do então presidente da República Michel Temer e do então ministro Gilberto Kassab
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