50 | Revista Abinee nº 104 | dezembro 2023 “A desindustrialização entre nós é um fenômeno que vem crescendo continuamente. A conclusão inescapável é que o Brasil caminha para a irrelevância industrial, se nada for feito para alterar essa situação”, enfatizava Barbato. Mostrando os males da apreciação exacerbada do Real frente ao dólar, que provocou perdas de competitividade significativas no setor eletroeletrônico, tanto no mercado doméstico como no externo, a Abinee se pronuncia diretamente às autoridades e à imprensa, pleiteando medidas na taxa de câmbio e a redução das aviltantes taxa de juros, que contribuíam para a atração de capital especulativo, que, por sua vez, geravam mais distorção cambial, num círculo vicioso e perigoso. De forma veemente, Barbato afirmava que a indústria havia deixado de ser prioridade para o Brasil, e este não era o país sonhado pelos fundadores da Associação. A entidade colocou como uma de suas prioridades mostrar ao governo a importância estratégica do setor eletroeletrônico para o desenvolvimento econômico, para que o Brasil não corresse o risco de ficar defasado em termos tecnológicos. Em 2007, a Abinee, ao lado do MDIC e do BNDES, trabalhou na formulação de políticas Industriais, culminando com lançamento, no ano seguinte, do documento Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), que contemplava pleitos da entidade para uma estratégia nacional para a área de tecnologia da informação e comunicação. Nos últimos anos, a entidade marcou presença em temas relevantes para o setor eletroeletrônico, como o caso da MP 380 (regime especial para importações do Paraguai). Ao lado de 17 outras entidades, Abinee preparou manifesto pela Reforma Tributária. Em pronunciamento no plenário da Câmara, Barbato criticou a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Humberto Barbato com o então vice-presidente Michel Temer
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