Revista 104 - Dezembro/2023

dezembro 2023 | Revista Abinee nº 104 | 37 entidade, presidida a partir de 1986 por Aldo Lorenzetti, direcionava sua atenção também para o poder legislativo, que ganhava espaço. A economia permanecia tempestuosa. Sucederam-se malogradas tentativas de políticas de estabilização. No começo de 1986, Sarney decretava o Plano Cruzado, caracterizado pelo congelamento de preços e salários, com objetivo de reverter a curva inflacionária. Em seguida, vieram o Cruzado II e a moratória. Em 1987, é lançado o Plano Bresser que também não consegue conter a aceleração inflacionária e, em janeiro de 1989, o Plano Verão. Este cenário criava entraves sem precedentes para a produção industrial. Foi o período de gestões da Abinee junto ao Conselho Interministerial de Preços (CIP) solicitando reajustes de preço, comprovando o aumento de valores de insumo e mão de obra. A situação mais dramática atingia os setores de infraestrutura, sobretudo o de GTD - Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica -, que fornecia para o governo. As empresas ficavam um ano sem receber e depois eram pagas sem correção monetária, numa época em que os índices mensais de inflação se fixaram dos dois dígitos. Na esfera política, as atenções estavam voltadas para a instalação da Assembleia Constituinte. Com o objetivo de manter os parlamentares informados sobre os problemas do setor eletroeletrônico, a Abinee criou o Grupo de Ação Parlamentar, que, além de acompanhar os trabalhos da elaboração nova Carta Magna, encaminhava ao Congresso as sugestões da entidade. Um alerta e a abertura abrupta Em 1989, ainda numa fase de grande instabilidade do País, a entidade, então conduzida por Paulo Vellinho, preparou um importante estudo sobre a grave situação por que passavam os setores de energia elétrica e de telecomunicações. O documento, denominado “Alerta à Nação”, dizia que o Brasil não entraria para o conjunto das grandes nações se deixasse de lado investi- “São 60 anos de batalha. Só com a Apex, já estamos mirando os 10 anos de parceira, pois começamos em 2016. Não tenho nenhuma dúvida de que o setor eletroeletrônico é fundamental, pois trabalha com manufaturas, algo que precisa ser apoiado. E com a ideia do vice-presidente Geraldo Alckmin de neoindustrialização e do presidente Lula, de promover cada vez mais o Brasil, vocês podem contar com a Apex. Queremos ainda mais sucesso.” Jorge Viana, presidente da ApexBrasil Paulo Vellinho com a Ministra Dorothéa Werneck,e os então diretores Ruy de Salles Cunha e Benjamim Funari Neto

RkJQdWJsaXNoZXIy NTY5NTk=