Revista Abinee 103 - Janeiro/2023

8 | Revista Abinee nº 103 | janeiro 2023 janeiro 2023 | Revista Abinee nº 103 | 9 “Por sua importância e representatividade, a Abinee tem estado na linha de frente dos principais debates envolvendo os rumos do País. As instabilidades que temos vivenciado nos últimos anos nos impulsionam ainda mais a buscar soluções conjuntas para as dificuldades apresentadas”, disse. Govêa lembrou que ainda há uma série de desafios a serem enfrentados pelo próximo governo para garantir a melhora do ambiente de negócios, como a Reforma Tributária e administrativa. O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, lembrou que o ano apresentou fortes oscilações de expectativas, impactos externos e incertezas político-econômicas que refletiram no desempenho do setor. “Foi um ano marcado pela crise de semicondutores e matérias-primas, lockdowns na China, guerra da Ucrânia, que prejudicaram as importações de um setor bastante dependente de insumos externos”, observou. “Diante das dificuldades, o setor novamente demonstrou sua resiliência, capacidade produtiva e o poder de se tornar cada vez mais eficiente. Dessa forma, encerramos 2022 com resultados de faturamento e produção semelhantes aos do ano passado. Porém com expressivo aumento no nível de emprego, superando a marca dos 272 mil trabalhadores diretos, e nas exportações, com incremento de mais de 15%”, disse. “Acreditamos que o Brasil está preparado para o futuro e para continuar atraindo investimentos. E nesse contexto a indústria é um bem essencial.” Tanto Govêa quanto Barbato destacaram a interlocução do setor com o Poder Público na condução de temas fundamentais para o setor. “A Abinee se mostrou presente, oferecendo sua contribuição aos poderes Legislativo e Executivo. Algumas resoluções e medidas devem surtir efeitos nos próximos anos. E outras tantas esperamos sejam aceitas pelo próximo governo, pois quem produz sabe melhor do que ninguém quanto custa produzir e ser competitivo”, afirmou. Avanços O ministro de Minas e Energia do Brasil, Adolfo Sachsida, fez um extenso relato sobre as ações realizadas pelo atual governo. Como membro da equipe econômica até o mês de maio deste ano, Sachsida levou aos presentes uma mensagem do ministro daquela pasta, Paulo Guedes. Ele destacou que, mesmo diante das adversidades impostas pela Covid-19 e da crise global, o País avançou nas reformas estruturais e manteve o equilíbrio das contas, com supeespecial rávit. “Apesar de tudo, estamos crescendo mais do que os EUA e com uma inflação menor do que a Alemanha. Tem algo diferente acontecendo”, ressaltou. O ministro também salientou a redução de tributos sem comprometimento da arrecadação. “Acabamos com 12 tributos desde o início do governo”. Saudando os representantes do Congresso presentes no evento, Sachsida observou o caráter reformista do parlamento, com as aprovações de temas como o marcos de saneamento, de securitização, de ferrovias, de cabotagem, além da autonomia do Banco Central, 5G e facilitação de ambiente de negócios. “Nunca se aprovou tantas medidas nesse sentido na história do Congresso brasileiro”. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, ressaltou o estreito trabalho com a Abinee para o avanço na agenda tecnológica do País. Entre os temas, mencionou a consolidação da Política de TICs, a implementação do 5G e a prorrogação do Padis. “São legados que ficam”. Alvim também destacou o Plano Nacional de Semicondutores, em fase de finalização. O ministro salientou o papel da indústria elétrica e eletrônica durante a pandemia no fornecimento de soluções tecnológicas para a superação da crise. Membro da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Elétrica e Eletrônica, o deputado federal Vitor Lippi comentou o trabalho no Parlamento para a geração de empregos. “Não existe melhor programa social do que esse”. E esse objetivo passa pelo fortalecimento da indústria. Para que isso aconteça, Lippi afirmou que é preciso enfrentar “alguns inimigos”, como o sistema tributário. “O custo da burocracia tributária para as empresas é de R$ 180 bilhões por ano”. Segundo ele, a resolução desse problema é “um dever de casa que devemos fazer”. Outro ponto Irineu Govêa Humberto Barbato Adolfo Sachsida Paulo Alvim Vitor Lippi

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