Revista Abinee 101 Janeiro/2020

janeiro 2020 | Revista Abinee nº 101 | 9 Segundo ele, além do compromisso do go- verno de equacionar as contas públicas com re- dução de gastos - sem aumento de impostos -, o próximo passo é a simplificação da ativida- de produtiva, por meio da política "Rotas da Produtividade". Carlos da Costa reforçou que a proposta de abertu- ra comercial acontece- rá simultaneamente à adoção destas medidas que contribuam com a retomada da competiti- vidade industrial. Julio Semeghini também ressaltou a orientação do governo de destravar o am- biente de negócios no Brasil "para que as empresas estejam preparadas para um novo mundo tecnológico". Nesse sentido, um decreto de regulamenta- ção que deve ser publicado até o início de 2020. Muito aplaudido em seu discurso, o deputado Marcelo Ramos saiu em de- fesa da indústria brasileira que, segundo ele, precisa de um ambiente mais pro- pício para produzir. "Não há nada mais importante para o País hoje do que criar um ambiente de negócios que permita a retomada da ati- vidade econômica do Bra- sil, em especial da ativida- de industrial, que é a que mais agrega valor e que tem maior massa salarial", afirmou. "Nós vamos salvar a indústria nacional de mãos dadas com os industriais nacionais." Em sua opinião, a Reforma Tributária é fundamental para combater a complexida- de do nosso sistema tributário que, em sua avaliação, é um "verdadeiro manicômio". Para Ramos, é importante também o com- bate à "profunda regressividade existente em nosso País, reduzindo assim a carga tributária incidente sobre o consumo e so- bre a folha de pagamento". Segundo ele, hoje a incidência de carga tributária sobre o consumo no Brasil é de 50%, enquanto nos países da OCDE, é de 30%. "Precisa- mos de um equilíbrio fiscal que resgate a capacidade de in- vestimento do Esta- do brasileiro e pare de sangrar empresas para cobrir o desper- dício de recursos mal utilizados". Marcelo Ramos disse que o caminho para combater a de- sigualdade no Brasil especial ele citou a atualização do marco regulató- rio das telecomunicações, por meio do PLC 79 - aprovado após cinco anos parado. "O marco atual é de 20 anos atrás. Precisamos tirar as amarras das operadoras, migrando para um modelo de autorização, que dê capacidade desses agentes escolher seus parceiros e realizar investimentos", ressal- tou. Segundo ele, está sendo preparado

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