Reindustrialização do Brasil: contribuições do setor eletroeletrônico

REINDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL 10 Ao mesmo tempo, sem prejuízo à essência da Reforma em apreciação, é preciso atenção a algumas especificidades setoriais como forma de não comprometer o planejamento de investimentos já previstos no País. A Reforma Tributária lançará as novas bases para um ambiente de negócios mais saudável, contribuindo para a reindustrialização. O dinamismo econômico do País depende de uma indústria forte pelo seu efeito multiplicador em segmentos como o de serviços e agronegócio. A indústria também é responsável direta pela geração de empregos de qualidade e desenvolvimento tecnológico. Ou seja, sem a indústria, não há crescimento que sustente às necessidades de umPaís das dimensões como o Brasil. Por sua vez, a indústria elétrica e eletrônica, representada pela Abinee, compreende segmentos como automação, TICs, informática, componentes, equipamentos para a área de energia elétrica entre outros. Por seu potencial inovador, está habilitada a dar sua contribuição emtemas de grande impacto na sociedade como eletromobilidade, segurança cibernética, cidades inteligentes, inteligência artificial, indústria 4.0, economia circular entre outros. Assim, o setor deve ser considerado uma indústria base para que o Brasil possa almejar uma reindustrialização com ampla difusão tecnológica. Dessa forma, além de providências horizontais como a Reforma Tributária que promova a melhora sistêmica do ambiente produtivo, é preciso atenção a medidas específicas de forma a potencializar este parque industrial acarretando benefícios para diversos segmentos, colocando o Brasil na vanguarda da modernização produtiva que ganha relevância mundo afora e propiciando um posicionamento mais qualificado do País nas cadeias globais de valor. A presente crise no abastecimento de semicondutores no mundo e com fortes efeitos na produção nacional, não só de bem de TICs, mas especialmente no setor automotivo, evidencia a necessidade de se aprofundar a discussão de uma agenda de políticas voltadas para a promoção da inovação e, assim, de modernização do nosso parque fabril dinâmico e competitivo, incluindo investimentos em educação e qualificação profissional, incentivos para a incorporação de novas tecnologias da chamada “Era Digital”. Dessa forma, a retomada do crescimento do setor produtivo e, consequentemente, da economia brasileira como um todo passa pela intensificação das políticas de redução do Custo Brasil e por políticas direcionadas à inovação, em especial, aos setores que produzem bens de maior valor agregado, como o caso do setor eletroeletrônico. Diante disso, a Abinee elenca neste documento algumas medidas a serem observadas para que o País atinja esse patamar industrial e se dispõe a discutir e contribuir com as autoridades constituídas sobre cada um deste itens, entendendo o papel fundamental do trabalho conjunto entre iniciativa privada e pública para a construção do desenvolvimento econômico e social tão almejado por todos.

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