O Brasil na economia digital

O BRASIL NA ECONOMIA DIGITAL 49 A digitalização não somente significará novos empregos, mas também causará a migração de escopo dos empregos atuais. De acordo com um estudo da Roland Berger (2016), é esperado que de todos os empregos eliminados pelo aumento da produtividade derivada da Indústria 4.0, mais de 67% serão realocados na indústria em atividades relacionadas a serviços produtivos. As competências exigidas do profissional incluem visão sistêmica em relação à economia circular a fim de conseguir incorporar diversos conceitos como serviços ecossistêmicos, ecodesign e sustentabilidade 4.0 para desenvolver uma inovação sustentável. No chão de fábrica, continua o cenário de protocolos e tecnologias muito especializados – é o caso de dispositivos IIoT (Industrial Internet of Things) com protocolos como SCADA, Modbus TCP ou OPC UA. No modelo IIoT, dados são gerados por sensores, dispositivos e maquinaria conectada, plataformas de monitoramento “White Label” baseadas em sensores que coletam e processam, em tempo real, medidas sobre a situação de cada um dos elementos que constituem a rede, de roteadores a Controladores Lógicos Programáveis para construir análise preditiva dinâmica tomar decisões baseadas no comportamento do ambiente digital. Os colaboradores precisam ser formados com as habilidades digitais e socioemocionais para se adaptar rapidamente ao seu trabalho nas empresas. Além do conhecimento técnico, novos trabalhadores precisam ser treinados em habilidades como resolução de problemas, raciocínio lógico, trabalho em equipe, entre outros, para a tomada de decisão baseada em dados, como o pensamento criativo e crítico, resolução de problemas complexos e aprendizagem ativa. Passados dois anos desde o início da pandemia, o novo cenário consolida a transformação digital que já vinha ocorrendo. Diante deste cenário o que era necessário se tornou urgente, no mundo pós pandemia, cujo desafio imposto inclui integração entre pessoas, ambientes e tecnologias disruptivas que, antes, operavam de forma isolada. Por exemplo, a chegada da rede 5G torna esse quadro ainda mais complexo: uma de suas bases é a “nuvem” aliada a “computação de borda” e essa transformação da infraestrutura de rede exige que o gestor de tecnologia seja competente em “data centers” que vão de soluções modulares até os grandes sistemas centrais. O desafio só aumenta: trata-se de equacionar simultaneamente a nuvem privada, pública e híbrida, centralizada (Cloud) ou nas bordas (Edge), e o perfil de data center mais adequado para cada um desses formatos. Benefícios: No aspecto econômico, as iniciativas público-privadas da Embrapii, da ABDI, da Câmara da Indústria 4.0, entre outras, vêm promovendo investimentos para que o setor avance na transformação digital, com a expectativa de melhorar a competi-

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