O Brasil na economia digital

O BRASIL NA ECONOMIA DIGITAL 48 7. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL Medida: Compromisso em elevar e em capacitar os estudantes do ensino básico (primeiro e segundo graus) aos níveis dos países da OCDE. Compromisso em aperfeiçoar os programas de formação técnica, em nível médio, para manter o foco nas novas tecnologias e nas inovações do setor industrial. Compromisso em criar condições para a atualização profissional em relação às tecnologias englobadas na indústria e setores da economia. Resultado: Oferta de mão-de-obra qualificada para desenvolver e utilizar tecnologia. Diagnóstico: A crise provocada pela pandemia da Covid-19 está sendo um dos maiores aceleradores da transformação digital no Brasil e no mundo. Se antes digitalizar o negócio era uma vontade de muitas organizações, hoje se faz necessária a adoção urgente de medidas de digitalização em uma ampla variedade de setores econômicos, cujas consequências demandam medidas conjunturais inovadoras e rápidas por parte das empresas e das escolas de educação profissional a fim de melhorar as perspectivas de emprego e garantir as relações de trabalho existentes, com reflexos diretos no mercado consumidor futuro, que experimentaram e gostaram de soluções digitais oferecidas por empresas de diferentes segmentos. Ao mesmo tempo, a transformação digital já vem afetando de maneira disruptiva todos os setores e mercados mais rápido do que previsto por especialistas, com possibilidade de acentuação dos impactos gerados no médio e longo prazo, o que resulta em uma crescente demanda estrutural por especialistas com competências digitais, tanto no desenvolvimento como na utilização de soluções. O Brasil elaborou planos para fomentar avanços na formação profissional, como o programa Novos Caminhos lançado em outubro de 2019, mas ainda existem lacunas profundas que requerem um aumento dos esforços em investimentos de infraestrutura tecnológica e no desenvolvimento de profissionais capacitados. Os desafios do sistema de Educação Profissional Brasileiro se encontram principalmente no sistema público. Estudos do Banco Mundial (2016) e OCDE (2015) destacam a necessidade de um maior alinhamento entre a oferta de cursos e as demandas do setor, que atualmente não são suficientemente orientados às competências necessárias, especialmente àquelas relacionadas com os setores de maior demanda econômica futura. Também, esses documentos destacam a falta de capacidade de oferta educacional, sendo que a cada ano apenas 9% dos jovens optam pela formação profissional.

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