O Brasil na economia digital

O BRASIL NA ECONOMIA DIGITAL 38 Decorrente do racionamento ocorrido em 2001 e 2002, em 2004, foram implementadas mudanças profundas no setor e criada uma nova estrutura para seu funcionamento que perdura, com alguns aperfeiçoamentos, até o momento. Mas o setor se transformou desde então, oumelhor, a sociedade se transformou. A estrutura convencional do Setor Elétrico Brasileiro (SEB) está baseada em geração centralizada, transmissão em altas tensões (acima de 230 kV) e distribuição em alta (entre 69kV e 138 kV), média (entre 2,3 e 69 kV) e baixa tensão (abaixo de 2,3 kV), conforme Figura 2. Esse modelo busca aproveitar a disponibilidade de recursos energéticos naturais ou de outros combustíveis com fluxo de potência unidirecional da geração para os pontos de consumo, percorrendo centenas ou milhares de quilômetros, via linhas de transmissão e distribuição. Figura 2: Sistema Elétrico de Potência tradicional A matriz elétrica brasileira, historicamente com predominância da fonte hidráulica, viu nos últimos anos forte crescimento da participação da geração térmica, da geração de fonte eólica e da geração de fonte solar. O aproveitamento dos potenciais hidrelétricos do País, demandou a construção de grandes usinas, muitas delas bastante distantes dos centros de cargas, e a instalação de um sistema de transmissão robusto, permitindo a transferência de grandes blocos de energia. Entretanto, com a inserção da geração distribuída (GD), assim como de novas tecnologias de armazenamento, esse cenário começa a mudar. Nos quatros últimos anos, a

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