O Brasil na economia digital

O BRASIL NA ECONOMIA DIGITAL 31 Todo esse arsenal tecnológico está a serviço da redução de custos e ganho de produtividade, fazendo surgir novos modelos de negócios e novas ocupações de trabalho. Sobre esse aspecto, o estudo Profissões Emergentes na Era Digital: Oportunidades e desafios na qualificação profissional para uma recuperação verde, elaborado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com o Senai, identificou tendências e 14 carreiras em ascensão no curto, médio e longo prazo na Indústria de transformação e nos serviços produtivos. Essas novas profissões, relacionadas com a digitalização do setor, poderão ser responsáveis por 767,5 mil oportunidades de trabalho, das 14,9 milhões de vagas, nos próximos dez anos. Segundo esse trabalho, os números chamam atenção para a importância da formação de mão de obra. Nos próximos dois anos, a demanda será de 401 mil profissionais, porém só haverá 106 mil disponíveis, o que representa uma lacuna de 74%. Dessa forma, é necessária a adoção de políticas públicas direcionadas, com a utilização de instituições de renome como o Senai - que tem reconhecida excelência na formação de profissionais para o setor industrial - para estimular a transformação digital do mercado de trabalho, preparando e requalificando um grande contingente de mão de obra para atender a esse novo cenário tecnológico. Outro desafio é a retenção de talentos no País. Hoje perdemos muitos cientistas para países que oferecem melhores condições de trabalho e remuneração. Além do trabalho científico que realizam, estes profissionais podem também ensinar outros a trilhar caminhos semelhantes. A retenção de cérebros e talentos precisa ser incentivada. Acreditamos que o Brasil tenha todas as condições tecnológicas e humanas para inserirmos definitivamente a nossa indústria e o Brasil na economia digital, com ganhos econômicos e sociais.

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