O Brasil na economia digital

O BRASIL NA ECONOMIA DIGITAL 26 Diante da gravidade e da urgência desse tema, o Congresso Nacional lançou, em junho de 2021, a Frente Parlamentar Pelo Brasil Competitivo (FPBC), composta por mais de 200 parlamentares, entre senadores e deputados. O grupo vai trabalhar em iniciativas para reduzir o Custo Brasil. Entre as prioridades, estão as reformas tributária e administrativa. Na pauta entram ainda temas como qualificação profissional, segurança jurídica e infraestrutura. A Abinee tem procurado defender a criação de um ambiente de negócios competitivo, que estimule a concorrência e, com isso, promova a produtividade e a eficiência econômica. E um dos problemas históricos que se impõem como barreira para o setor industrial é a complexidade tributária, certamente um dos principais itens do Custo Brasil. Dessa forma, é essencial endereçar uma profunda reforma tributária, ao mesmo tempo, é preciso acelerar os investimentos em infraestrutura, promover reformas microeconômicas para melhorar o ambiente de negócios, permitindo maior previsibilidade e mais segurança jurídica, além, é claro, de adotar medidas efetivas para melhorar a qualidade da educação e desenvolvimento de mão de obra qualificada. Essas medidas, embora de difícil resolução, são essenciais para recuperar o protagonismo industrial brasileiro frente aos mercados internacionais, com maior integração em cadeias globais de valor. Entretanto, recomendamos que isto seja feito na vanguarda da modernização produtiva que ganha relevância mundo afora. Gostaríamos de discutir uma agenda de políticas voltadas para a promoção da inovação e, assim, de modernização do nosso parque fabril dinâmico e competitivo, incluindo investimentos em educação e qualificação profissional, incentivos para a incorporação de novas tecnologias da chamada “Era Digital”, promoção das exportações, simplificação e desburocratização, especialmente em matéria tributária. Por suas dimensões e complexidade da sociedade, o Brasil não pode se dar ao luxo de se limitar às tais vantagens comparativas, focando apenas no agronegócio e renunciando ao fortalecimento da sua indústria. O próprio desenvolvimento desse segmento é fruto da inserção de tecnologia, equipamentos e soluções desenvolvidos e fabricados pelo setor industrial. Dessa forma, a retomada do crescimento do setor produtivo e, consequentemente, da economia brasileira como um todo passa pela intensificação das políticas de redução do Custo Brasil e por políticas direcionadas à inovação, em especial, aos setores que produzem bens de maior valor agregado.

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