O BRASIL NA ECONOMIA DIGITAL 25 Muitos dos desafios da economia são reconhecidos há anos e identificados por diversos estudos e análises. Essa gama de entraves para o pleno desenvolvimento econômico brasileiro envolve questões de ordem estrutural, além de temas pontuais que perpassam a atividade industrial como um todo e em particular, o setor eletroeletrônico. Os diagnósticos que serão apresentados na sequência serão endereçados nas propostas encaminhadas pela Abinee. 4.1. PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA NO PIB E CUSTO BRASIL Estudo realizado pela CNI destaca que o grau de diversificação da Indústria de Transformação brasileira é maior que o da média dos países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ao mesmo tempo, a indústria de transformação tem um poder elevado de puxar o crescimento. A cada R$ 1,00 de valor adicionado na indústria de transformação é gerado um crescimento adicional no PIB do País de R$ 1,67, totalizando um aumento do PIB de R$ 2,67. Apesar dessa estrutura robusta, há anos as indústrias convivem com fatores que compõem o Custo Brasil e que inibem a competitividade das empresas em relação a outros países. Segundo dados do Movimento Brasil Competitivo, o valor que as empresas do Brasil gastam a mais que os países da OCDE todos os anos por conta de problemas internos chega a R $1,5 trilhão ou 22% do PIB brasileiro. Como resultado disso, a indústria de transformação brasileira encolheu 1,6% ao ano, em média, nos últimos 10 anos, e sua participação na economia caiu de 15% em 2010 para pouco mais de 11% em 2020. Ainda de acordo com a CNI, os problemas de baixa competitividade enfrentados pela indústria afetam, em especial, setores que produzem bens mais sofisticados. Em uma década, as empresas de produtos de alta e média tecnologia, como itens de informática e veículos, tiveram sua participação no setor industrial reduzida de 23,8% para 18,7%. 4. GARGALOS A SEREM SUPERADOS
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