Abinee TEC 2021: a força da tecnologia no desenvolvimento do País

19/07/2021

O papel estratégico do setor eletroeletrônico na economia cada vez mais digitalizada e a necessidade de medidas que garantam um ambiente competitivo e atrativos para investimentos tecnológicos no País foram os principais assuntos abordados por empresários e autoridades na abertura do Fórum Abinee TEC Digital Week 2021, realizado nesta segunda-feira (19), com o tema Indústria: Inovação para Transformação Digital.

O evento contou com a participação do secretário executivo do Ministério das Comunicações, Vitor Menezes; do 1º Vice Presidente da Câmara, deputados Marcelo Ramos, dos deputados Bilac Pinto e Vitor Lippi, membros da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Indústria Elétrica e Eletrônica; do presidente da Apex Brasil, Augusto Pestana; do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade; e do presidente da Reed Exhibitions, Claudio Della Nina.

O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos, reforçou seu compromisso com o desenvolvimento do setor eletroeletrônico. Ele salientou o diálogo estabelecido na busca do equilíbrio entre a Política de TICs e Zona Franca de Manaus. “Ganhamos todos e essa vitória se comprova no dia a dia”, afirmou. Ramos defendeu a necessidade de aprovação da PEC 10/2021, como forma de assegurar a isonomia em caráter constitucional das duas políticas. “Temos que aprovar para garantirmos os investimentos tecnológicos em todo o território brasileiro”.

Outro ponto destacado por Ramos foi a medida adotada pela Camex de redução do Imposto de Importação para BITs (Bens de informática e telecomunicações) e BKs (máquinas e equipamentos). Segundo ele, nenhum país é contra abertura, mas esta medida não pode ser feita em improviso, sem diálogo setorial, sem previsibilidade e sem coordenação com redução do custo Brasil. “Esta política mata a indústria nacional, inviabilizando a geração de emprego e renda”,  enfatizou. O 1º vice-presidente da Câmara afirmou que está trabalhando para estabelecer um dialogo com o Ministério da Economia e com a Camex de forma a reverter a decisão para garantir um ambiente de negócio propício que não traga prejuízo ao setor industrial.

Os deputados Bilac Pinto e Vitor Lippi, membros da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Indústria Elétrica e Eletrônica, destacaram  a necessidade de aprovação da PEC 10/2021, como forma de trazer segurança jurídica para as empresas enquadradas na Política de TICs. Ambos salientaram que o instrumento possibilita a manutenção de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento no País.

Representando o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o secretário-executivo da pasta, Vitor Menezes, afirmou que o setor tem papel fundamental para a transformação digital. Ele salientou a parceria da Abinee com o ministério para a construção de política como o edital de 5G, Lei do Fust e medidas tributárias para Internet das Coisas. “Essas ações buscam fazer com que o país seja mais atrativos para investimentos tecnológicos”.

Na abertura, o presidente do Conselho de Administração da Abinee, Irineu Govêa, disse que o Abinee TEC, que segue até 23 de julho, discutirá temas que são prova incontestável de que as empresas da Abinee estão inseridas em toda a economia, mobilizando uma extensa cadeia global de valor. “A chegada do 5G e o advento da Internet das Coisas colocam em marcha uma verdadeira revolução tecnológica que demanda soluções, equipamentos e serviços para impulsionar a transformação digital da economia, que nossa indústria está apta a promover”, ressaltou.

Em sua avaliação, entretanto, o País tem alguns pontos que precisam ser trabalhados, não apenas para aprimorar o ambiente produtivo interno como para transmitir aos investidores externos a segurança jurídica fundamental na decisão do investimento. “Neste sentido, as reformas que estão sendo promovidas atualmente são um grande passo para reduzir o custo da máquina pública, visando a recuperação da produtividade”, ressaltou.

O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, também destacou a importância do setor eletroeletrônico, que, desde o início da pandemia, tem dado sucessivas demonstrações da nossa força, resiliência e espírito criativo. Para ele,  para que as empresas possam continuar a exercer todo seu potencial, é preciso que o País tenha um cenário propício para o desenvolvimento tecnológico. Nesse sentido, Barbato destacou iniciativas em andamento, como o edital 5G e a efetivação da Lei de TICs, que agora espera a aprovação da PEC 10/2021.

Ao mesmo tempo, ele salientou que o País tem um grande desafio de ordem conjuntural a ser solucionado, que é a diminuição dos impactos do Custo Brasil na produção como forma de permitir a contínua modernização e abertura da economia, sem impactos aos investimentos já realizados.

Ele lembrou que, nos últimos meses, o setor industrial, por meio da Coalizão Indústria e da CNI, tem intensificado o diálogo com o governo, em reuniões periódicas com o ministro da Economia, Paulo Guedes; com o Secretário Carlos da Costa e sua equipe. “Em todas as nossas manifestações, temos vocalizado a necessidade de que essa medida deva se estender também aos insumos utilizados por essa indústria e de que seja acompanhada de efetiva diminuição nos custos de produção, sob pena de desta feita, diferente de outros tempos, ao invés de escolhermos vencedores, estamos elegendo perdedores!

O presidente da Apex Brasil, Augusto Pestana, destacou as ações da agência e a parceria com a Abinee para a promoção comercial e capacitação das empresas. Em sua opinião, o setor eletroeletrônico, apesar das dificuldades com o abastecimento de insumos, tem demonstrado resiliência e sua importância aumentou durante a pandemia.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, considera que a pandemia trouxe diversas lições, entre elas a importância da indústria, da inovação e da tecnologia para o País. “Nesse cenário, o setor eletroeletrônico é fundamental e está à frente desse processo”. Segundo ele, é preciso que se crie ferramentas e meios necessários para manter o parque industrial brasileiro diversificado e competitivo para atuar no mercado interno e externo.

O presidente da Reed Exhibitions, Claudio Della Nina, destacou que a realização do evento de forma virtual mantém o mesmo objetivo dos eventos presenciais como a FIEE, prevista para ocorrer em março de 2022 , que é criar conexões e oportunidades de negócios para um dos  setores mais dinâmicos da economia, além de conteúdo qualificado para a decisão de investimentos.