23 jul Abinee TEC 2019: setor eletroeletrônico é fundamental para a digitalização do País
23/07/2019
O papel fundamental dos setores de tecnologia e energia para o avanço da inovação e do processo de transformação digital do Brasil foi o principal tema abordado pelos participantes da solenidade de abertura do Abinee TEC 2019, que ocorreu hoje (23), no São Paulo Expo, em conjunto com a inauguração da FIEE Smart Future e da FIEE Smart Energy.
Estiveram presentes empresários, especialistas, membros dos poderes Executivo e Legislativo, incluindo representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia (MME) e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTI), além da Abinee, BRACIER e da Reed Exhibitions Alcântara Machado, organizadora da FIEE.
“A revolução digital que o mundo está vivenciando nos últimos anos se espalha por diversos segmentos da economia, provocando uma profunda transformação nos negócios, na disponibilidade de serviços e nas formas de consumo”, afirmou o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, na abertura dos eventos.
Em sua opinião, para que a indústria desempenhe plenamente seu protagonismo no desenvolvimento econômico, são necessárias reformas estruturais para devolver a confiança que propicia a atração de investimentos. “Apoiamos a Reforma da Previdência e estamos satisfeitos com o seu encaminhamento. Mas necessitamos ainda da Reforma Tributária, fundamental para a indústria”, disse.
Barbato mencionou a preocupação da Abinee com as recentes sinalizações do governo no sentido de promover medidas que expõem à indústria brasileira a uma competição pouco isonômica diante de outros países. Ele defendeu que tais medidas sejam implementadas paralelamente a outras providências que reduzam o custo de produção no País. “A Abinee não é contrária à abertura comercial. Entretanto, esse tema deve ser tratado com total transparência para que esta seja feita de forma gradual e negociada com o setor produtivo”, afirmou. “O Brasil já reúne as características fundamentais de um mercado potencialmente atrativo para investimentos. O que precisamos é colocar a casa em ordem para atrair cada vez mais recursos”, completou.
O presidente do Conselho de Administração da Abinee, Irineu Govêa, destacou a importância dos eventos para os negócios no setor eletroeletrônico. “O Abinee TEC e a FIEE representam um polo de negócios, conteúdo e inovação para os setores elétrico, eletrônico, de energia e de automação, projetando-se para o futuro com um formato convergente e integrador”, afirmou.
Ele lembrou que a Abinee representa cerca de 500 empresas, que geram empregos de qualidade e contribuem para o desenvolvimento do Brasil. “Cada vez mais, nossa indústria exerce o protagonismo na economia digital, com soluções e produtos inovadores”, disse.
O vice-presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, Paulo Octavio, disse que a FIEE Smart Future e a FIEE Smart Energy foram especialmente desenhadas para atender às necessidades do mercado e trazer uma nova dinâmica para os setores de indústria e energia do Brasil. “Esperamos receber mais de 50 mil compradores nesses quatro dias de evento, estimulando setores que fazem a diferença para o desenvolvimento do nosso País”.
Para o Presidente do BRACIER e da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, o evento é essencial para aproximar todos os agentes do setor elétrico. Segundo ele, o tempo é de grandes mudanças. “Vivemos desafios que vão promover uma verdadeira revolução tecnológica e, nesse sentido, a inovação ocupa papel estratégico no avanço do setor”, afirmou. “Não devemos temer essas mudanças. Nosso País deve se orgulhar por ter uma das matrizes energéticas mais limpas e renováveis do mundo”, observou.
De acordo com o diretor regional do Senai SP, Ricardo Figueiredo Terra, o Brasil vive um grande momento de conectividade, essencial para que as indústrias continuem competitivas na 4ª Revolução Industrial. “Estamos bem articulados para ajudar empresas de todos os tamanhos nesses avanços, fundamentais para o sucesso do Brasil. A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”, afirmou.
Para o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim, o Abinee TEC e a FIEE são palco das principais tendências da transformação digital e da inserção na economia 4.0. “Temos o desafio de trazer a economia brasileira para o ambiente 4.0 e o setor eletroeletrônico tem um papel fundamental nesse processo”, afirmou. Ele agradeceu as contribuições dadas pela Abinee ao Ministério para construção de uma nova política para o setor de tecnologia.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros dos Santos, destacou a importância dos eventos no debate sobre a transição energética. “Todos os projetos que estamos desenvolvendo incorporam novas tecnologias estratégicas para os consumidores”, disse.
Ele adiantou que o governo vai anunciar em 10 de dezembro de 2019 um novo Plano Decenal de Energia, que dará a “todos investidores oportunidade de conhecer ofertas de investimentos”. O secretário disse ainda que o País tem papel destacado na questão de energias renováveis. “O mundo tem muito que aprender com o Brasil, tendo em vista nossa matriz energética e a nossos níveis reduzidos de emissão de C02.”
Para o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França, os principais problemas relativos ao meio ambiente estão nas cidades, portanto o governo tem uma nova agenda de qualidade ambiental urbana. França ressaltou o pioneirismo da Abinee na logística reversa do setor eletroeletrônico. “A Abinee foi um dos primeiros setores a nos procurar, querendo saber o que fazer para ajudar”, disse. Como resultado, deve ser anunciado em breve o acordo setorial nacional para a logística reversa de eletroeletrônicos. “Nos próximos dias, o texto será colocado em consulta pública e em seguida anunciado, para que tenhamos uma gestão mais sustentável dos recursos no País”, informou.
O vice-presidente de Relações Institucionais da Comissão de Integração Energética Regional (CIER), Carlos Pombo, representante do Uruguai, falou dos avanços das energias renováveis em seu país, no qual as fontes eólica e fotovoltaica respondem por 40% da demanda. Ele destacou também o papel de inovações como blockchain e redes inteligentes para uma maior eficiência. “Na indústria elétrica não temos que prever o futuro, mas sim que desenhar o futuro”, afirmou.
Ilhas de Conhecimento
Além do fórum, o Abinee TEC apresenta, entre os dias 23 e 26 de julho, Ilhas de Conhecimento no ambiente da FIEE Smart Future para quem busca conceitos e aplicações práticas. Profissionais, especialistas e representantes do governo dividirão espaço em diversos painéis sobre os temas mais relevantes para o setor nas Ilhas de: Eficiência Energética; Automação e Manufatura; Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização – GTDC; Inovação e Novas Oportunidades de Negócios e Tecnologia e Sustentabilidade.